sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Mr. Robot - eps2.4_m4ster-s1ave.aes

Depois de um eps2.3_logic_b0mb.hc que iniciou três novos plots, Mr. Robot volta com um eps2.4_m4ster-s1ave.aes que estabelece, aparentemente, uma troca de perspectiva no rumo da série. Finalmente, o que o público em geral estava ansioso para ver de novo, voltou e tivemos um episódio com mais ação, suspense e comédia do que drama e reflexão, como no início da temporada.
Atenção: O texto a seguir tem SPOILER do s02e06 de Mr. Robot.
O episódio começa com uma paródia dos clássicos sitcoms dos anos 80/90, como Alf e Fuller House. Foi algo completamente inusitado, cômico e criativo, ainda mais porque essa passagem que parece um filler dentro da trama, na realidade pode ser interpretado como um flashback do subconsciente do Elliot. Podemos ver que a mãe de Elliot e Darlene era violenta e batia nos filhos e os pais eram criminosos. Quando mostrou o Mr. Robot roubando a loja do posto de gasolina, eu me lembrei da passagem da primeira temporada em que o Elliot criança pega vinte dólares de um cliente da loja e o pai, ao invés de recriminá-lo, o leva para o cinema. Destaque para toda a produção pela direção, fotografia e sonorização da época. Foi incrível. Quero aquela abertura passando sempre! hauhsuahushuhas.
Só que tudo isso, na realidade, foi uma forma de Mr. Robot proteger Elliot. Ele “apagou” o Elliot e assumiu o controle do corpo dele para o hacker não sentir toda a dor que iria sentir por causa do espancamento. Parece que finalmente vamos ter uma conciliação entre Elliot e Mr. Robot, já que, enquanto o alter ego o ajudou em uma hora difícil, Elliot o agradeceu pelo feito. Talvez agora eles passem a se unir em prol do melhor para os dois e parem de travar uma batalha que eles já viram que é inútil, já que ninguém pode vencer.
Quando apareceu Angela aprendendo programação, eu fiquei muito receoso, quase com coração na mão, de que essa série iria enveredar pelo caminho de várias outras em que o protagonista é talentoso em algo e depois outros personagens vão fazendo a mesma coisa e eles viram um grande time. Um grande exemplo é Arrow, que atualmente tem mais vigilantes do que pessoas normais na cidade para defender. Só que graças à Sam Esmail, criador da série, Angela não virou hacker da noite pro dia. Até porque, programação é algo muito peculiar e que não depende só de prática. Se você não entender a lógica e tiver o “feeling”, você não vai conseguir aprender. Sei disso porque já dei monitoria de Programação I, que é o básico do básico dessa área e muita gente tem dificuldade. Se forçassem Angela a ser uma programadora nata, eu ia ficar bem chateado com a série.
Ela não aprendeu a ser hacker, ela simplesmente decorou o que tinha que fazer para poder fazer parte do plano. Por um momento, por causa do disfarce da Darlene, achei que ela iria se passar por Angela, mas não. Todo o suspense da “sequência de assalto”, presente em vários filmes e séries, foi muito bom. Eu fiquei com medo deles deixarem algum furo do tipo Angela não ser vista por câmeras da sala, mas eles explicaram isso depois. Só achei um pouco forçado não ter ninguém vigiando a sala, nem que fosse através das câmeras, no horário de almoço. Até porque, geralmente em empresas, há turnos diferentes de almoço justamente para isso não acontecer.
Domi não quer ser afastada do cargo por um mês. Ela quer investigar a Dark Army porque sabe que a organização está envolvida no ataque, como bem previ na review anterior. O que achei interessante foi o fato dela afirmar que eles a protegeram de alguma forma. Ela poderia ter sido morta na ocasião, mas os terroristas preferiram se matar a matá-la. Isso pode indicar que Zhang a.k.a. Whiterose está interessado(a) na agente federal de alguma forma. Será que isso faz parte de algum plano maior para ele(a) conseguir se infiltrar no FBI? Não consigo enxergar um motivo para que o/a líder da Dark Army tenha mantido ela viva.
A série parece ter tomado um outro rumo, na minha concepção. Mesmo que Elliot continue sendo o protagonista porque vemos o transtorno que ele está passando, ele vem perdendo tempo de ação. A doença dele foi muito importante para que tudo o que aconteceu com a Evil Corp fosse possível. Porém, ele agora está ocupado colhendo as consequências de tudo isso enquanto Darlene está na linha de frente, continuando o que eles começaram. Eu achei isso bem criativo porque mostra um protagonista humano, com defeitos e quedas, não um ser que sempre vence e hackeia todo mundo. A série não deixou de ser dele, só está mostrando que a história não gira em torno dele, mas sim de todos os que estão ali. Cada um ali pode desempenhar um papel importante e fazer a diferença.
Alguns comentários breves, mas não tão importantes:
- Aquela câmera vendo através da fresta do compartimento do banheiro que Angela estava foi sensacional. Cada vez mais fico impressionado com a direção.
- Conseguiram aumentar ainda mais o olho do Rami Malek e aquele sangue me deu um nervoso tão grande que nem sei explicar.
- Que trilha sonora incrível!
- Domi é uma pessoa tão de boa que nem parece ser do FBI. Gosto bastante da personagem.
- Gostei muito da atuação da Portia Doubleday, que interpreta a Angela, nesse episódio. Ela quase me fez esquecer a birra que tenho com a personagem.
- Os flashbacks estão sendo ótimos para descobrirmos mais sobre a mitologia da série. Tudo está cada vez mais redondo.
OBSHello, friend. Eu farei review de todos os episódios da segunda temporada de Mr. Robot, então se você quiser acompanhar a série comigo, curta a página do blog no facebook clicando aqui para ficar sabendo quando a review sair. 
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