quarta-feira, 20 de abril de 2016

The Magicians - 1º Temporada

Semana passada, terminou a primeira temporada de The Magicians, nova série produzida pelo canal SyFy. No começo, vou ser sincero, não levei muita fé. Pareceu algo muito genérico e bobo, mas aos poucos a série foi me ganhando. Ela pode não ter a melhor produção do mundo e nem os melhores atores, mas conta com um roteiro bem amarrado e surpreendente, que sustenta a série.
PS: Essa crítica NÃO contém spoilers. 
Sinopse:
"Quentin Coldwater é um adolescente do Brooklyn com uma inteligência acima da média, mas o mesmo não pode se dizer sobre suas habilidades sociais. Quando ele é aceito na Academia Brakebills, uma renomada e secreta escola de magia, ele descobre que sua fantasia não irá resolver todos os seus problemas. Assim, deverá lidar com sua falta de sociabilidade ao longo do caminho, e vai descobrir que aprender magia não é tão animador quanto ele imaginava."
Se você leu essa sinopse e já achou a série infantil, esqueça. Realmente não se deve confiar nessas sinopses. De fato, ela começa com algumas coisas que dão vergonha alheia de ver. Parecia que estava vendo algo infantil de tão bobo. Porém, se você conseguir ver até o quarto episódio, que é um divisor de águas na série, você vai encontrar um roteiro que vai além de piadinhas e referências pop. Por volta do oitavo episódio, a trama vai ficando mais adulta de uma forma tão expressiva que parece ser outra série. Diante de tantas séries teen por aí, é um alívio ver uma história mais madura.
Isso surpreende não só pela maioria das propostas das séries atuais, mas pela temática da trama. Em geral, fantasias são mais voltadas aos público infanto-juvenil, justamente porque geralmente adultos não curtem muito histórias fantasiosas. Por isso, acaba que a série de livros, que originou a série de tv, é conhecida como Harry Potter para adultos. Como Potterhead que sou, estranhei um pouco essa denominação. Até porque eu acho que Harry Potter seja para todas as idades, mas vendo a série eu entendi o porquê de falarem isso. Ela mistura feitiços, poções, escola de magia com assassinatos, sexo, drogas e Taylor Swift rock ‘n roll. Porém, a parte mais genial do roteiro é colocar o personagem principal como um fã fervoroso de uma série de livros, onde existe magia e esse mesmo personagem se descobrir mágico. Quem nunca esperou a sua carta de Hogwarts? Eu espero até hoje!
Algo que me fez demorar para criar um laço com a série foram os atores. Não gostei muito da atuação de nenhum deles, achei todos medianos. Mais pro final da temporada, acabei entendendo um pouco das atuações porque os personagens, em geral, são mais contidos e introspectivos. Por isso, vejo que acaba sendo mais difícil observar uma alteração na expressão dos atores, principalmente do protagonista Quentin, interpretado por Jason Ralph. Pra mim, quem merece destaque é Hale Appleman, que faz o papel de Eliot e Stella Maeve, que interpreta a Julia. Eles conseguem desenvolver os personagens de forma bem profunda e espero que os outros consigam encontrar o mesmo caminho também.
Para uma série que começou agora e aparenta não ter um orçamento tão grande, a produção é até que satisfatória. Ao longo dos episódios, há um aprimoramento dos efeitos e visuais da série. Algo que gostei de notar foi a fotografia da série, que tem cores quentes e vivas quando os personagens estão em ambientes mágicos e cores frias e cruas quando estão no mundo “real”. Isso se torna ainda mais interessante quando na parte mágica ocorre algo macabro e todo o ambiente fantasioso e considerado infantil é palco de eventos caóticos. Pouco a pouco a série vai quebrando alguns preconceitos já estabelecidos em nossas cabeças.
Pode não ser uma série fácil de engatar e criar um vínculo, mas o roteiro compensa deixando o público intrigado com o que irá acontecer em cada episódio. Apesar de bobeiras iniciais, a trama encontra o seu tom perto do final da temporada, o que é uma pena, porque ela acaba em um ponto em que já estamos entregues à história e aos personagens. De fato, essa seria uma série ótima para se passar em um esquema tipo Netflix, onde todos os episódios fossem lançados ao mesmo tempo. Inicialmente, acompanhar a série semanalmente deve ter sido difícil. Agora com o mundo e personagens estabelecidos, The Magicians só tende a crescer (segunda temporada já foi confirmada) por mesclar fantasia à temas adultos.
OBS 1: Obrigado, Douglas, por me indicar a série!

OBS 2: A série é baseada no livro homônimo de Lev Grossman. Para comprar a versão brasileira do livro, clique aqui. Para comprar a versão original em inglês, clique aqui
OBS 3: Se você chegou no blog através dessa coluna e quer saber mais sobre esse espaço, leia a minha primeira coluna explicando o blog clicando aqui. Não deixe, também, de curtir minha a página no Facebook clicando aqui!
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