domingo, 18 de dezembro de 2016

Rogue One: Uma História Star Wars

Star Wars, apesar de ter visto todos os filmes da franquia. O único filme que eu gostei muito e que me instigou a ver mais foi o Episódio VII - O Despertar da Força (inclusive escrevi uma crítica do filme, clique aqui para ler). Fui para o cinema pela Felicity Jones, aspectos técnicos do filme e com a esperança de ser surpreendido com uma boa história, mas acabei recebendo apenas um desses três itens.
OBS: Essa crítica NÃO contém spoilers.
O roteiro, parte mais importante para mim em um filme, me decepcionou bastante porque eu percebi no final que esse filme tinha um potencial para ser muito maior e melhor, mas não foi. A trama começa bem lenta, com uma premissa até interessante de desenvolver os personagens, a ditadura do império e nos fazer entrar nesse mundo (de novo, no caso dos fãs). Porém, ele peca exatamente no desenvolvimento dos personagens e da história que se tornam bem rasos. Tem vários personagens, e nenhum consegue se sobressair ou, ao menos, gerar empatia ao ponto de você ficar preocupado se ele pode morrer ou não nas próximas cenas. Da mesma forma, a trama se limita à um filme de assalto genérico, onde um grupo multidisciplinar tem que roubar alguma coisa. Poucas são as passagens com teor político que poderia ser o foco do filme, mas que acabou sendo subutilizado como um easter egg, quase.
Jyn Erso (Felicity Jones) talvez seja a minha maior decepção com o roteiro. Venderam a personagem como uma nova (ou antiga) Rey e ela não chegou nem perto. Gosto muito da atriz, principalmente em A Teoria de Tudo e Inferno, e apesar de ver que ela trabalhou bem, dentro do possível, fiquei triste por ver que o potencial dela foi desperdiçado. Como se não lhe entregassem um personagem à altura. Outros atores que gosto muito, como Riz Ahmed (Bodhi Rook, fez Naz em The Night Of) e Mads Mikkelsen (Galen Erso, fez Kaecilius em Dr. Estranho), assim como o elenco todo parece que foram podados completamente pelo roteiro. É como se a escolha dos atores não importasse, já que por melhores que fossem, não fariam diferença alguma. Isso me incomodou bastante.
Saindo dos pontos negativos, é inegável dizer que Rogue One seja talvez um dos filmes mais bonitos, audiovisualmente falando, da franquia. Tanto os efeitos visuais quanto a fotografia do filme são deslumbrantes e de tirar o fôlego. É muito interessante como eles conseguiram tratar tão bem várias passagens bem coloridas, com cores quase irreais e, ao mesmo tempo, cenas bem cinzas e com um contraste maravilhoso entre o preto e branco, a sombra e a luz, que são uma das bases da franquia. Junto com isso, está uma trilha sonora bem nostálgica, eu diria, porque é como se ela fosse de um filme feito na época de Star Wars IV e me lembrou bastante a trilha da série clássica.
Outro destaque vai para o diretor Gareth Edwards que conseguiu fazer cenas épicas de ação, capazes de tirar qualquer um do estado normal. Tudo ganha uma proporção muito maior do que os outros filmes da franquia, de forma que os personagens, e até o público, são engolidos pela grandiosidade de praticamente tudo o que aparece na telona. Além disso, para os fãs, há muito easter egg da série, o que eu considero um ponto bastante positivo, mesmo não sendo fã e não conseguindo pescar todos. Mostra o comprometimento em fazer um filme também para os fãs nesse caso, principalmente para eles.
Infelizmente, Rogue One acabou sendo o que eu temia: um filme feito para acalmar e pegar dinheiro dos fãs enquanto não estreia o episódio VIII. Ele acaba caindo naquela problemática da maioria dos blockbusters: ser um espetáculo audiovisual, mas não passar disso e ter uma história genérica e superficial. Quem é fã, vai amar pelos easter eggs, mas um filme não é feito só de easter eggs e os não fãs vão acabar gostando menos. O sentimento que fica é que o longa tinha um potencial para ser bem mais, mas acabou desperdiçando uma boa trama e elenco, sem motivo algum.
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